- Área: 210 m²
- Ano: 2010
-
Fotografias:Edmund Sumner
Descrição enviada pela equipe de projeto. Balancing Barn (algo como celeiro em equilíbrio) está situado em um belo terreno ao lado de um pequeno lago, em uma zona rural inglesa perto de Thorington em Suffolk. O ‘Barn’ responde através de sua arquitetura e sua engenharia às condições naturais do local. O tradicional formato de celeiro e as chapas de metal reflexivo são referências das construções vernaculares locais. Nesse sentido, o Balancing Barn pretende fazer jus ao seu objetivo educacional ao reavaliar a área rural e tornar a arquitetura moderna acessível. Além disso, é uma casa de férias excitante e ótima para descanso. Mobiliado em alto padrão de conforto e elegância, em uma paisagem essencialmente inglesa, estimula seus habitantes temporários a novas experiências.
Visto de uma estrada a 300 metros de distância, assemelha-se a uma pequena casa de duas pessoas. Apenas quando os visitantes alcançam o fim desta via é que se surpreendem ao ver o tamanho total do volume e seu balanço. O ‘Barn’ possui 30 metros de comprimento com um balanço de 15 metros sobre um declive, imergindo a casa impetuosamente na natureza. O motivo para esta espetacular disposição se deve a experiência linear do ambiente. Conforme o terreno se inclina assim como a paisagem, o usuário percebe a natureza em situações como a partir do chão até à altura de uma árvore. A estrutura linear promove a situação de experiência dessa mudança de paisagem externa.
A partir do ponto médio do volume, o ‘Barn’ começa a estar em situação de balanço sobre o declive, um estado de equilíbrio possível pela rígida estrutura do edifício, que permite que 50% do celeiro seja espaço livre. A estrutura se estabiliza em um núcleo central de concreto; a parte que se apoia sobre o solo é construída por materiais mais resistentes do que a parte que está em balanço. Os longos lados da estrutura são disfarçados pelas árvores, oferecendo privacidade dentro e ao redor do ‘Barn’.
O exterior é revestido por chapas de metal reflexivo que, como o telhado inclinado, fazem referência à construção vernacular local como também refletem a natureza ao seu redor e as mudanças de estação.
Ao entrar no ‘Barn’, depara-se com uma cozinha e uma grande sala de jantar. Em seguida, estão os quatro quartos duplos, cada um com banheiro separado. Bem no centro do celeiro, a sequência de quartos é interrompida por uma caixa de escada escondida que desce e dá acesso ao jardim. Ao fundo, no fim da parte em balanço, há uma grande sala de estar com janelas em três de suas paredes, piso e teto. A inclusão de uma lareira possibilita a experiência de todos os quatro elementos de um dia de chuva. Janelas que se abrem completamente em altura e claraboias garantem a continuidade de vistas, acessos e conectividade com a natureza.
O interior é baseado em dois objetivos principais:
- A casa é um arquétipo de uma moradia de duas pessoas, expandida em forma e conteúdo para que igualmente acomode oito visitantes. Duas pessoas não se sentirão perdidas no espaço assim como um grupo de oito não terá a sensação de aperto.
- Uma madeira neutra e atemporal é o pano de fundo para o interior no qual o Studio Makkink & Bey criou uma série de mobiliários que refletem o conceito projetual do edifício.
Os quartos são temáticos. Nuvens de estudo parcialmente pixeladas e ampliadas por John Constable e cenas rurais por Thomas Gainsborough são elementos conectores entre o passado e o contemporâneo britânico, como carpetes, papéis e tecidos de parede. A louça é composta por um conjunto clássico inglês para duas pessoas e por um jogo moderno para mais seis convidados, possibilitando diversas combinações, acrescentando a essa residência privada uma ideia de lar.
O ‘Barn’ possui bom isolamento térmico, ventilado por um sistema de recuperação de calor, aquecido por uma bomba de calor de fonte térrea, resultando em um edifício de alta eficiência energética.
Nota: Este artigo foi originalmente publicado em 2 de Fevereiro de 2012.